23 janeiro 2014

[Resenha] A Culpa É Das Estrelas - John Green



LIVRO: A CULPA É DAS ESTRELAS
AUTOR: JOHN GREEN
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS: 288
ANO: 2012

SINOPSE:

Os adolescentes Hazel e Gus gostariam de ter uma vida normal. Alguns diriam que não nasceram com estrelas, que o mundo deles é injusto. Os dois são novinhos, mas se o câncer do qual padecem ensinou alguma coisa, é que não há tempo para lamentações, pois, se aceitamos ou não, só existe o hoje e o agora. E assim, com a intenção de realizar o maior desejo de Hazel – conhecer seu escritor favorito – ambos cruzarão o Atlântico para uma aventura contra o tempo, tão cartático quanto devastador. Destino: Amsterdãm, o lugar onde reside o enigmático e mal- humorado escritor – a única pessoa que talvez possa ajudar-lhes a encaixar as peças do enorme quebra-cabeça onde se encontram.



RESENHA:

Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.

Hazel Grace - Só Hazel, por favor! -  tem 16 anos e há 3 anos luta contra um câncer terminal que, faz com que ela tenha que andar com um cilindro de oxigênio e uma cânula no nariz para conseguir respirar, o qual apesar de estar estabilizado e encolhendo, não lhe dara muitos anos de vida. Ela abandonou os estudos há algum tempo e passa as tardes assistindo America’s Next Top Model. Os médicos e sua mãe estão convencidos de que esteja deprimida, por passar muito tempo em casa pensando nos efeitos colaterais de se estar morrendo.
Sua rotina monótona muda quando, por insistência de sua mãe, ela vai à uma reunião de um Grupo de Apoio para jovens com câncer. Não era sua primeira vez, claro, mas era a do Augustus Waters. É neste dia que ocorre a reviravolta em sua vida, onde conhece Gus um jovem lindo e cativante, que perdeu uma perna por conta do câncer. Ele é amigo de Isaac, um menino que esta prestes a ficar cego com quem trocava suspiros irônicos durante as reuniões. Acabam se aproximando, e é claro que nasce um relacionamento real, com momentos fofos e aspectos dramáticos.  Em um aspecto eles dois são muito diferentes: Augustus teme o esquecimento e está desesperado por deixar uma marca no mundo. Hazel, por outro lado, não se importa com isso, ela acha que é uma bomba-relógio e que quanto menos pessoas ela machucar quando explodir, melhor. Além disso, ela vê o esquecimento como inevitável para todos.
Um dos únicos e preferidos passatempos de Hazel é o livro “Uma aflição Imperial” que termina no meio de uma frase, deixando muitas questões em aberto. O sonho da menina é conhecer o autor e descobrir o que aconteceu – só assim sua vida poderia seguir completa.  Ela escreve diversas vezes cartas para o autor, mas ele nunca respondeu. Com um empurrãozinho da doença, Hazel e Gus partem em uma aventura para encontrar Van Houten, o autor. E juntos eles vão se apaixonando e aproveitando o pequeno infinito que a vida lhes reserva.

“… Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, até que, todos os seres humanos o leiam…”

Comecei lendo esse livro na curiosidade e com altas expectativas, de acordo de como foi idolatrado por tantas pessoas, e acho que por conta disto me decepcionei por estar esperando algo arrebatador. Mas ele conseguiu mexer comigo não só pela situação que aqueles jovens – Hazel, Gus, Isaac e todos os outros- vivem, mas também de seus familiares e todos ao redor. Foi uma leitura que me cativou, de certo modo, e é uma leitura intensa. John Green me pegou completamente desprevenida, assim como deve ter feito com a maioria de seus leitores, com umas das melhores reviravoltas que já li. Realmente não esperava o que ele fez.  Mas sabia que aconteceria, isso precisava ser feito. Pacientes terminais morrem. É a vida. É a crueldade do destino. A culpa é das estrelas.

Sobre a edição física, pouco pode ser dito: A diagramação é normal, não encontrei erros de digitação/tradução, as folhas são papel pólen e a capa é muito bonita

Em suma, gostei muito do livro. E para amantes de histórias de amor dramáticas, bem escritas e envolventes esse livro é uma ótima opção. Aconselho para que não sigam meu exemplo de irem com muita sede ao pote, hahah, vão com calma e sem expectativas. Deixem Hazel, Gus e John Green surpreenderem vocês!


Por Ayumi

Um comentário:

  1. Esse livro me conquistou para sempre! Eu não sabia de detalhes da estória quando o li, apenas que se tratava de jovens com câncer, então, não criei expectativa alguma sobre ele, e talvez por isso eu tenha me emocionado tanto. Gostei do blog, estou seguindo ;)
    Bjos!

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